A vacina contra a febre amarela faz parte do calendário básico de vacinação da criança e do adulto em alguns estados do Brasil, sendo obrigatória para pessoas que residam ou que pretendam viajar para áreas endêmicas da doença, como norte do Brasil e alguns países de África. A doença é transmitida através da picada de mosquito pertencente ao gênero Haemagogus, Sabethes ou Aedes aegypti.
Esta vacina pode ser administrada em pessoas com mais de 9 meses de vida, especialmente até 10 dias antes de viajar para um local afetado, sendo aplicada por um enfermeiro, no braço, num posto de saúde.
Quem fez a vacina pelo menos 1 vez na vida, não precisa voltar a fazer a vacinação antes de viajar, já que se encontra protegido para o resto da vida. No entanto, no caso dos bebês que fizeram a vacina até aos 9 meses, é aconselhado fazer uma nova dose de reforço aos 4 anos.
Idade | Como tomar |
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Bebês de 6 à 8 meses | Tomar 1 dose em caso de epidemia ou se for viajar para área de risco. Pode precisar fazer dose de reforço aos 4 anos. |
A partir dos 9 meses | Dose única da vacina. Pode ser recomendado fazer dose de reforço aos 4 anos. |
A partir dos 2 anos | Tomar a dose de reforço da vacina caso seja morador de região endêmica. |
+ de 5 anos (sem nunca ter tomado esta vacina) | Tomar a 1º dose e fazer reforço após 10 anos. |
+ de 60 anos | Avaliar cada caso com o médico. |
Pessoas que precisam viajar para áreas endêmicas | Se for a primeira dose dessa vacina: Tomar 1 dose pelo menos 10 dias antes da viagem. Se já tomou esta vacina antes: Não precisa tomar. |
Reações adversas mais comuns
A vacina da febre amarela é bastante segura, no entanto, em alguns casos é possível que surjam algumas reações adversas, sendo que as mais comuns incluem dor no local da picada, febre e mal-estar
1. Dor e vermelhidão no local da picada
A dor e a vermelhidão no local da picada são as reações adversas mais comuns que podem ocorrer. Além disso, algumas pessoas também sentir que o local se encontra mais duro e inchado. Estas reações ocorrem em cerca de 4% das pessoas, 1 a 2 dias após a vacinação.
O que fazer: para aliviar a do e a inflamação, deve-se aplicar gelo na região, protegendo a pele com um pano limpo. Caso se verifiquem lesões muito extensas ou limitação de movimentos, deve-se ir imediatamente ao médico.
2. Febre, dor muscular e de cabeça
Também se podem manifestar efeitos colaterais como febre, dor muscular e dor de cabeça, que podem ocorrer em cerca de 4% das pessoas, geralmente a partir do 3º dia após a vacinação.
O que fazer: para aliviar a febre, a pessoa pode tomar analgésicos e antipiréticos, como o paracetamol ou a dipirona, por exemplo, idealmente com orientação de um profissional de saúde.
3. Choque anafilático
O choque anafilático é uma reação alérgica muito grave, que embora seja rara, pode ocorrer em algumas pessoas que recebem a vacina. Alguns dos sintomas característicos incluem dificuldade para respirar, coceira e vermelhidão na pele, inchaço dos olhos e aumento dos batimento cardíacos, por exemplo. Estas reações ocorrem geralmente nos primeiros 30 minutos até 2 horas após a vacinação.
O que fazer: caso se suspeite de choque anafilático deve-se ir rapidamente à urgência médica. Veja o que fazer em caso de choque anafilático.
4. Alterações neurológicas
As alterações neurológicas, como meningismo, convulsões, desordens motoras, alterações do nível de consciência, rigidez na nuca, dor de cabeça intensa e prolongada ou torpor são reações extremamente raras, mas também muito graves, que podem acontecer cerca de 7 a 21 dias após a vacinação. A dor de cabeça intensa e prolongada é um sintoma frequente e pode ocorrer logo após a vacinação, sendo um sinal de alerta para possíveis complicações neurológicas
O que fazer: perante qualquer um destes sintomas, deve-se ir ao médico o mais brevemente possível, que deve investigar outras síndromes neurológicas graves.