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Vacina contra a gripe reduz em quase 90% o risco de ter Covid-19 grave, aponta estudo

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Profissionais de saúde imunizados contra influenza também tiveram 30% menos chance de testar positivo para Covid-19

Um estudo com mais de dois mil profissionais de saúde no Catar mostrou que aqueles que tomaram a vacina da influenza eram cerca de 90% menos propensos a desenvolver Covid-19 grave do que os profissionais que não haviam sido imunizados contra a gripe. O artigo foi publicado na plataforma de preprints MedRxiv e conduzido por especialistas do Hospital Hamad Medical Corporation do Catar, Universidade Weill Cornell Medicine do Catar, Universidade Cornell dos Estados Unidos, entre outras instituições.

O trabalho foi conduzido no final de 2020, antes da aprovação dos imunizantes contra a Covid-19. Os pesquisadores analisaram os registros de 30 mil trabalhadores de saúde do Catar e compararam dados de 518 indivíduos com histórico positivo para Covid-19 e de duas mil pessoas com resultado negativo.

Os profissionais que haviam tomado a vacina contra a gripe naquele ano tiveram 30% menos probabilidade de testar positivo para o vírus SARS-CoV-2 e 89% menos chance de desenvolver a doença grave, em comparação com trabalhadores que não receberam o imunizante, embora o número de casos graves tenha sido baixo em ambos os grupos.

“O estudo feito no Catar é importante, pois demonstra algo que ainda não sabíamos: que uma determinada vacina pode conferir alguma proteção contra um patógeno novo”, afirma a imunologista Ester Sabino, professora do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo. No entanto, ela reforça que se trata de um estudo específico e que ainda é preciso compreender os mecanismos por trás desses resultados.

Outras evidências

O trabalho do Catar corrobora o que já havia sido mostrado em 2020 por pesquisadores brasileiros da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que publicaram um artigo no British Medical Journal relatando uma possível associação entre a vacina da gripe e o risco reduzido de morte em pessoas hospitalizadas com Covid-19 no Brasil.

A equipe analisou um total de 53.752 casos confirmados de Covid-19 e descobriu que os pacientes que haviam recebido recentemente o imunizante da influenza tiveram, em média, 7% menos chance de precisar de tratamento intensivo, 17% menos chance de necessitar de suporte respiratório invasivo e 16% menos risco de óbito. Os efeitos protetores foram maiores entre os pacientes mais jovens e quando a vacina foi administrada após o início dos sintomas.

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